Esta é a primeira “história” aqui publicada marcadamente “social”. Há um comentário muito explícito sobre o zeitgeist sócio-cultural do Portugal de 1997 em “Cultura”. É uma fotografia muito particular desse momento, tirada e revelada pelo aqui incompreendido Zé Bastos. A estrutura de “Cultura” é bastante linear na sua globalidade, pelo que a subversão prenunciada pelo nome “Zé Bastos”, que aparece virado ao contrário na caixa do título, é apenas ilusória.
Alguns sinais premonitórios, ou de como adivinhar inadvertidamente o futuro apostando no absurdo: fala-se do fogo em Nova Iorque no quadradinho do meio da 3ª fila da 1ª parte, quatro anos antes do 11 de Setembro… a proporção, apesar de tudo, foi menor do que aqui escrito.
Entre uma ou outra referência geográfica, desfilam os nomes que, efectivamente, constituíam o género do top musical nacional da época, bem como exemplos do que podia ter sido a sua inspiração lírica. E os jovens delinquentes aparecem em força – embora os metaleiros já não façam mal a ninguém (se é que alguma vez fizeram); hoje, o aspecto visual dos bandidos é diferente, o som é diferente, a droga de eleição é diferente, as expressões são diferentes, apenas a patifaria é, aparentemente, igual.
As famílias desinteressavam-se da realidade ao hipnotizarem-se com programas de TV imbecilizantes. A crítica ia mais para a SIC, que a TVI estava ainda meio agarrada ao legado católico. O Big Show Sic tinha aberto as portas ao assassinato da decência. A TV tinha sido violada no seu bom-gosto e nunca mais recuperou. A maioria não se queixou. Agora estão disponíveis 578 canais (579 neste momento) e as famílias dispersam-se à mesma, vendo o "Drangonball" (que não tem o "n" antes do "g") ou não.
Já ouvi versões do Marco Paulo… em Death-Metal. Verídico. Metal-Pimba é um estilo musical que já deve ter passado pela cabeça de muita gente. Apesar de tudo, estamos ainda longe de ver Ágata no concerto dos Megadeth.
Alguns sinais premonitórios, ou de como adivinhar inadvertidamente o futuro apostando no absurdo: fala-se do fogo em Nova Iorque no quadradinho do meio da 3ª fila da 1ª parte, quatro anos antes do 11 de Setembro… a proporção, apesar de tudo, foi menor do que aqui escrito.
Entre uma ou outra referência geográfica, desfilam os nomes que, efectivamente, constituíam o género do top musical nacional da época, bem como exemplos do que podia ter sido a sua inspiração lírica. E os jovens delinquentes aparecem em força – embora os metaleiros já não façam mal a ninguém (se é que alguma vez fizeram); hoje, o aspecto visual dos bandidos é diferente, o som é diferente, a droga de eleição é diferente, as expressões são diferentes, apenas a patifaria é, aparentemente, igual.
As famílias desinteressavam-se da realidade ao hipnotizarem-se com programas de TV imbecilizantes. A crítica ia mais para a SIC, que a TVI estava ainda meio agarrada ao legado católico. O Big Show Sic tinha aberto as portas ao assassinato da decência. A TV tinha sido violada no seu bom-gosto e nunca mais recuperou. A maioria não se queixou. Agora estão disponíveis 578 canais (579 neste momento) e as famílias dispersam-se à mesma, vendo o "Drangonball" (que não tem o "n" antes do "g") ou não.
Já ouvi versões do Marco Paulo… em Death-Metal. Verídico. Metal-Pimba é um estilo musical que já deve ter passado pela cabeça de muita gente. Apesar de tudo, estamos ainda longe de ver Ágata no concerto dos Megadeth.
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