sábado, 25 de abril de 2009

Notas Sobre "Ele Próprio"

A faceta mais arrogante e egocêntrica de Zé Bastos vem ao de cima em “Ele Próprio”.
O título aparece depois de uma estranha passagem amorosa com que se inicia a página (devidamente assinalado com um “1”, que era para que todos soubessem qual o lado certo por onde começar). A “história” propriamente dita, bem vistas as coisas, é mais curta que o comum, dado que só começa na terceira tira de quadradinhos. E a história propriamente dita não se alonga muito para além de um suposto combate ao analfabetismo (hoje diz-se “iliteracia”), personificada na dicotomia entre o carrasco culto e o carrasco inculto.
“Ele Próprio” dedica mais tempo à soberba do que ao desenvolvimento de uma “história” cativante. Aliás, tudo é resolvido com recurso a um sermão da autoridade Zé Bastos às massas.

O Picasso nunca pintou naquele estilo, mas foi o pintor que me ocorreu na altura. Ninguém se queixou, de qualquer forma.

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