quarta-feira, 20 de maio de 2009

Notas Sobre "Insulta o Padre"

Uma “história” sobre a falta de respeito. Uma “história” sobre a violência da e contra a Igreja. São vários os insultos proferidos durante um programa televisão que, suponho, tem uma larga audiência. Simbolicamente, conta com a presença acidentada do cançonetista popular Teixeira Pardal, um cantor do pós-25 de Abril, como se nota pelas patilhas, bigode, colarinhos largos e calças à boca-de-sino. E pela viola, claro. Eu acho que os Homens da Luta se inspiraram no Teixeira Pardal. Mas é claro que eles nunca irão confirmar. O Teixeira Pardal é a materialização do meu fetiche pela década de 70. Irá aparecer mais tarde, noutra história.
Curiosamente, nenhum dos insultos é consideravelmente rude, ficando-se pelo limite do politicamente correcto. Hoje em dia, porém, já é muito mais fácil ver “merda” ou “filho da p**a” escritos a letras acima do tamanho 16 e em bold nas televisões. É disso que o povo gosta nos seus prazeres voyeuristas: facas, alguidares e destruição em directo. E é assim que a “história” acaba. Presume-se que para gáudio da audiência, que nem chega a ouvir os talentos musicais do revolucionário apagado que é Teixeira Pardal.

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